Bastien na Sugar #165

15/04/15

TYPOS - Akasawa

Crailers na nova Cem
Skatista, artista, tipógrafo, membro da cidade, cidadão urbano... São várias as denominações que o nome de Marcelo Akasawa carrega, mas ele prefere ser lembrado como alguém que fez acontecer nas ruas. A gente perguntou pra ele um pouco de tudo, de Nype do Gueto a TYPOS e você pode conferir agora:

Como foi sua evolução na arte?

Desde pequeno sempre gostei de riscar, nunca fui de copiar. Fui desenvolvendo técnicas exclusivas pois nunca frequentei escola nenhuma de desenho. Isso foi tomando uma proporção muito grande na minha vida, tanto que hoje em dia não tem como não reconhecer meus traços sendo eles feitos em qualquer marca!

Como o NYPE DO GUETO mescla os universos do skate e das tipografias de rua?

De maneira bem Natural, pois não classifico a Nype do Gueto uma marca exclusiva de skate e sim "UNDERGROUND" pois mistura todas as culturas que juntas formam o nosso DNA.

Você acha que o pixo e grafite hoje estão bem aceitos perante à sociedade ou ainda são atividades bem marginais?

Creio que antigamente os materiais eram muito difíceis de se conseguir então a arte de rua era meio limitada. Nos dias de hoje a molecada começa a riscar com lata gringas com pressão controlada com variedades de cores, então fica bem mais fácil de expressar a verdadeira face das produções! Se tratando de pixo isso já é característico nosso do Braza: Nossas tipografias são únicas e pode também se encaixar em uma forma de expressão artística.

E o skate, como você vê nesse cenário urbano?
Vejo um cenário bem diferente pois hoje tudo está favorável: pistas foram construídas, praças, plazas e lugares reformados exclusivamente para a prática do esporte; materiais importados tomaram o espaço do marfim, trucks mais leves etc. Ficou mais fácil andar nos dias de hoje. Antes, os picos eram muito roots por isso até os dias de hoje se comentam manobras executadas anos atrás em certas bordas hoje quase extintas ou picos que nem ao menos existem mais, por exemplo, a antiga Praça Roosevelt.

As artes do Akasawa




Como você vê uma parceria mais comercial entre o artista e uma marca, como é o caso da Crail? Você vê com bons olhos ou acha que perde um pouco da alma “core” da parada?

Jamais ! Vejo com bons olhos pois tenho uma visibilidade mais ampla do meu trabalho, não podemos nos limitar muito nessa vida! As oportunidades surgem também de acordo com a aceitação. Eu, graças a Deus, tenho uma afinidade com a Rua que foge do normal, nem tanto pelo lado financeiro, mas por poder ajudar certas marcas a começarem acreditar que fazendo a parceria com as pessoas certas tudo é possível! Tenho trampo em mais de 15 marcas já; para um artista autodidata e que tem uma marca 100% underground com peças exclusivas desde 1998, está bom!

Como surgiu a oportunidade de fazer um design de model para o Castilho nessa série?

O Cast é irmão! Quando surgiu essa parada de fazer a assinatura do truck dele, no mesmo momento topei e fomos em uma papelaria comprei uma caneta nova e folhas de papel couche para agilizar isso. Comigo é sem dublê! Já estávamos tendo uma tarde agradável e em poucos minutos jah tínhamos feito varias Tags.

O que não podia faltar nesse desenho dos trucks do Fábio Castilho?

No início antes de fazer as Tags eu tinha desenvolvido umas Asas que ocupavam a trave inteira, lembrando do brasão que ele tem tatuado no braço ,talvez uma sensação de liberdade mas quando disse que só era a Caligrafia falei: “É pra já!” Quem sabe em uma outra oportunidade a gente faz outra Colab?




Confira o hotsite TYPOS para mais: http://crail.com.br/typos/

TEXTOS POR Crail Trucks

EM crailers

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